terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O que é que há?

Há um circuito de engenhos produtores de cachaça, há um povo que mantém suas festas populares (Festa do Cururuquara; Romaria de Santo Antonio do Suru; Drama da Paixão; Corpus Christi), há, como em todo antigo povoado há, um largo da matriz com delegacia e câmara municipal, há uma casa que pertenceu a um dos mais temidos (e perverso) bandeirantes - o Anhanguera -, há um pequeno e bucólico beco com um arco florido, há uma praça central com um coreto onde se reúnem até fãs do Metal, há um sobrado onde D. Pedro, o primeiro, bolinava a marquesa, há um muro que conserva pedras e uma técnica dos antigos trabalhos de cantaria.

Há um carnaval com Samba de bumbo e com dezenas de blocos que preservam a tradição das antigas marchinhas (blocos como o “Xodó do Detó", o “Alegria dos Koroas”, o “Galo do Meio Dia”, o “Cabe Mais Um”, o “Berro da Noite do Sexo Forte”, “Os Picaretas”, o “Eu e Você”, o “Folia”, o “Me Leva” e o “Grito da Noite” ), há um restaurante chamado Bartolomeu em que eu almocei e jantei e onde encontrei o Josué, um garçom que me reconheceu do tempo em que eu freqüentava o Empanadas (bar famoso da Vila Madalena ), há um encontro de músicos na praça central todo os domingos. E há, em Santana de Parnaíba, outro encontro de pessoas que, como eu, compartilham transmutadas um passeio até esse passado.

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2 comentários:

Laís disse...

As fotos envelhecidas ficaram lindas e os textos estão muitos bons.
Feliz 2009 pra você Zezinho.
Beijos.

Anônimo disse...

Zé, faço minhas, as palavras da Lais.
Parabéns pelo blog e tudo de bom em 2009 pra você.