segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SOBRE A BALADA LITERÁRIA - PARTE I

Uma das coisas mais bacanas desses eventos literários é o encontro do escritor com seus leitores e vice-versa (já falei mais profundamente sobre isso noutro post por aqui), então, pra começar, falo carinhosamente do bate-papo que tive com alguns autores.

João Silvério Trevisan, o homenageado dessa 4º edição da Balada Literária, foi bastante simpático comigo. Antes da primeira mesa da qual participaria, enquanto tomava meu café (na charmosa cafeteria da Livraria da Vila), ele autografou o meu “Devassos do Paraíso” (a pesquisa – com 586 páginas - mais importante sobre a homossexualidade, desde o Brasil colônia à atualidade). No bate-papo com os leitores reclamou da falta de interlocutores, da falta de uma crítica espontânea e especializada (Trevisan disse que as últimas resenhas de seus livros foram realizadas por jornalistas que mal sabiam de sua trajetória). Comentando sobre sua recente obra, o “Rei do Cheiro"- editora Record-2009, deu a receita do perfume de Deus, ou o “Cheiro de Deus”, que se encontra na Bíblia, no Êxodos 30,22. E afirmou que a melhor homenagem pro escritor é ser lido.



Reinaldo Moraes já deve ter vindo de alguma taverna antes de participar da mesa mais hilária da Balada 2009, pois chegou destravado total. Bom. Também não era pra menos: estavam com ele Mario Prata, Matthew Shirts e Xico Sá, outros amigos malucos de longas noitadas nas mercearias são-pedros da vida. O relato dele e do Prata sobre a roteirização da novela “HELENA” (que foi ao ar na extinta rede Manchete nos anos 80) foi de chorar de rir.
Reinaldo autografou o meu “Tanto Faz” (uma edição de 1981) que junto com o “Feliz Ano Velho” de Marcelo R. Paiva são os romances mais significativos dos anos 80 para mim.



Ivana Arruda Leite é uma autora cuja obra tem me impressionado. Não foi possível a gente bater papo, mas com muita simpatia autografou para mim o “Falo de Mulher - 2002” e a “Histórias da Mulher do Fim do Século - 1997” (do qual ficou tocada por eu possuir – e principalmente por gostar - desse seu esgotadíssimo livro).


Essa foi a primeira vez que vi João Gilberto Noll ao vivo – ele também foi simpaticíssimo durante o pícolo bate-papo que tivemos. E o que me impressionou profundamente, de tal forma que nunca mais o lerei do mesmo modo, foi saber que a voz de seus protagonistas são estranhamente parecidas – e bota “estranho” nisso. Imaginem uma pessoa muito idosa descrevendo algum fato com dificuldades... Pois é essa a locução imaginada por Noll de seus personagens.


E de forma alguma não posso deixar de fala aqui do escritor, poeta e professor Jomard Muniz de Brito. Eu já o tinha visto brevemente num evento na Casa das Rosas neste ano (onde comprei o documentário sobre o poeta Miró no qual há alguns depoimentos de Jomard), mas de forma alguma tinha a dimensão exata deste pernambucano (aliás: mais uma vez Marcelino Freire se cercou de conterrâneos na Balada). Tenho cá pra mim que quando eu passar dos 70, desejo ter o mesmo estilo de Jomard, o mesmo humor, e quem sabe, ser o mesmo desequilibrar de maus espíritos. Acreditem: o cara é ligado em 220 w, possui myspace e vídeos no youtube. Fala com todo mundo e é querido por todos. Participou praticamente de todas as mesas e eventos da Balada 2009 – em toda ocasião distribuía algum impresso poético (ou crítico) a todos. Conquistou corações e mentes.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

NO ESCURINHO DO APAGÃO

Tenho cá para mim que o apagão da semana passada até que foi legal. É verdade. Logo no começo do breu baixou uma velha vontade inspiradora de tocar violão. Digo “velha vontade” porque há algum tempo me pego pensando de quando eu andava com o violão pra todo canto, de quando eu vivia sem grana, sem lenço, sem documento e vomitando lirismo e aforismos libertários. Às vezes quero acreditar que dos 13 até os 25 anos, eu tinha um pouco dessa tal “alma de artista”. Eu era um daqueles malucos que, logo no começo do ano letivo, ia de classe em classe procurando gente pra montar alguma peça teatral ou pra organizar pequenos festivais musicais. De cara saquei que eu não tinha talento algum para atuar, no entanto me dava bem com produção e direção. No começo a gente fazia muita porcaria, do tipo “O Médico e o Monstro”, “Meu Pé de Laranja Lima” e “Marcelino Pão e Vinho”, mas, com o tempo, fomos aprendendo e tomando gosto pela arte. No colegial conhecemos textos mais interessantes e cênicos como o “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, que montamos mais de 5 vezes – sei de cor, até hoje, falas inteiras dos personagens “João Grilo” e “Chicó”. De legal mesmo foi quando montamos o “Auto da Barca do Inferno” do Gil Vicente; nós até esperávamos algum tipo de reação contrária, mas não imaginávamos que nossas apresentações seriam interrompidas (leia-se “censurada”) logo após as duas primeiras apresentações: isso porque pedimos à nossa amiga Carla - que interpretaria a amante do Frade - ficar com os peitinhos de fora numa das cenas (e ela topou, he he!).
“Como é bom poder tocar um instrumento”. Como disse, durante o apagão senti o mesmo barato de quando o violão era parte integrante das minhas andanças. É sério. Eu levava o meu violão até para a cama. Se alguém fosse me procurar durante os intervalos de aula ou no recreio era só seguir o som do violão que me encontraria. Naquela época, no início dos anos 80, meu repertório consistia de muito Caetano, Guilherme Arantes, Gil, Zé Ramalho, Fábio Jr (sim, esse cara já gravou muita coisa boa), Belchior, Elton John, Queen, Bob Marley, Beto Guedes, Djavan, e outros tantos. Eu não tocava bem (como até hoje), mas me dedicava nalgumas interpretações a ponto de convencer muita gente. E tinha também aquele papo de tocar violão pra conquistar as garotas que realmente funcionava; só que era necessário conhecer um pouco da menina e de seu gosto musical, daí partir pro xaveco e pro abraço.
E sob a luz de velas toquei antigas canções que eu guardava em velhas pastas que estavam desaparecidas na bagunça da estante. Numa delas encontrei um poema bem legal [este é o terceiro “legal” que uso - onde foram parar meus adjetivos mais elegantes?] que meus amigos Arthur Ribeiro e Luciano Cenci fizeram para mim e pra minha amiga Vivi, enquanto tomávamos algumas brejas e tocávamos violão, isso lá no começo dos anos 90. Naquela época líamos Neruda e os versos surgiram meio que plagiando involuntariamente o título do livro “Confesso que Vivi” do poeta chileno. O certo é que quando eu enchia o caneco teimava em trocar “Vivi” por “Lili”, e vejam o que eles compuseram:

“O Zé só me chama de Lili
Vivi que eu sou!
Pois Zé!
O que eu vou fazer?
Vi que eu sou
Pro Zé sempre Li...

Vivi que eu sou
Sou vivinha até
Sacumé
Eu sei que o Zé
Tem a língua livre
Podicrê
O que eu vou dizer
Se então parece que o Zé disse não:
Pra mim não pode ser assim
Eu pensei:
Não pra mim
Não pode ser assim
E, no entanto, existe algo entre nós
Que não vai ter fim
Quer dizer
Não sou eu
Sou e serei o que vivi.”

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Muitos shows pra comemorar os 30 anos do LIRA PAULISTANA


Bom, meu amigos, como dá pra ver por aqui, esta semana vai rolar muita coisa legal em Sampa. Além da quarta edição da BALADA LITERÁRIA, que começa no dia 19 (quinta-feira), tem também o início das comemorações dos 30 anos do TEATRO LIRA PAULISTANA nesta terça, dia 17, no Sesc-Consolação (que vai até o dia 9 de dezembro). Pra quem não conhece, o Lira era um porão da Rua Teodoro Sampaio, 1091, que convertido em teatro de 200 lugares, tornou-se, no início dos anos de 1980, uma espécie de centro cultural alternativo onde se encontravam representantes das diversas expressões artísticas da cidade. Na sua curta existência (de 1978 a 1986), passaram por lá Arrigo Barnabé, Suzana Salles, Itamar Assumpção, Premeditando o Breque (Premê, para os íntimos), Tetê e Alzira Espíndola, Paulo Lepetit, Ná Ozzetti, Jorge Mautner, Patife Band, Língua de Trapo, Gigante Brasil, entre outros.

Serviço:
17/11 - TERÇA - 21:00h - Vídeo sobre o LIRA PAULISTANA de RIBA DE CASTRO (30 min.) e show com a BANDA ISCA e ANELIS ASSUMPÇÃO.

18/11 - QUARTA - 21:00h - LÍNGUA DE TRAPO e PREMÊ
(Antes, vídeo do Riba de Castro, versão 10 min.)

24/11 - TERÇA - 19:30h - ALZIRA E. e PASSOCA

25/11 - QUARTA - 21:00h - CLEMENTE (BANDA INOCENTES)
e CONVIDADOS DO ROCK

01/12 - TERÇA - 19:30h - JORGE MAUTNER

02/12 - QUARTA - 21:00h - CLEMENTE e CONVIDADOS DO ROCK

E no dia 06 de dezembro, domingo, a partir das 16:OOh,
show na PRAÇA BENEDITO CALIXTO com ARRIGO BARNABÉ, BANDA ISCA, LÍNGUA DE TRAPO, PREMÊ e muito mais...
08/12 - TERÇA - 21:00h - NA OZZETTI, TETÊ ESPINDOLA e VIRGINIA ROSA.
09/12 - QUARTA - 21:00h - ARRIGO BARNABÉ

Com exceção do show do dia 6 de dezembro na praça Benedito Calixto, que será gratuito, a programação que rola no Sesc-Consolação vai custar R$ 10,00 [inteira] R$ 5,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes]
R$ 2,50 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

Pra ver a programação completa clique aqui.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

"BALADA, BALADA!!!"

Meus amigos todos, anotem porque essa dica é imperdível. É que tá chegando a BALADA LITERÁRIA, um dos agitos literários mais legais que rolam em Sampa.(na Vila Madá). Organizada por MARCELINO FREIRE, a balada chega à sua quarta edição e os destaques deste ano são os escritores José Luís Peixoto, Francisco Alvim, Márcio Souza, Reinaldo Moraes, Raimundo Carrero, Michel Melamed, Lira Neto, Chacal, João Ubaldo Ribeiro, entre outros.
O evento será entre os dias 19 e 22 de novembro e tem o escritor JOÃO SILVÉRIO TREVISAN como homenageado.
As oficinas e bate-papos vão rolar na
BIBLIOTECA ALCEU AMOROSO LIMA, ESPAÇO PLINIO MARCOS, LIVRARIA DA VILA, CENTRO CULTURAL b_arco, MERCEARIA SÃO PEDRO, Ó DO BOROGODÓ e no SESC PINHEIROS.
Confira a programação completa (que segue abaixo) porque tá bom pra caramba. Vai ter muita música e poesia. E mais legal ainda é que vai rolar durante o feriadão. Para o pessoal de outros Estados prometo fazer resumos fotográficos diariamente.


DIA 19 DE NOVEMBRO [QUINTA]
11h00 –
Livraria da Vila
ANTONIO CADENGUE
[diretor teatral], JOMARD MUNIZ DE BRITTO [poeta] e NELSON DE OLIVEIRA [escritor] conversam com JOÃO SILVÉRIO TREVISAN, o homenageado da BALADA LITERÁRIA 2009 sobre sua carreira como escritor e militante homossexual e também sobre seu mais recente romance “Rei do Cheiro”(Record)

14h30 – Livraria da Vila
Um importante editor conversa com quatro jovens autores, numa discussão sobre gênero literário, mercado e como cada um vê a carreira que está começando a construir: SAMUEL LEON [editor da Iluminuras] conversa com ADRIENNE MYRTES [autora do livro de contos A Mulher e o Cavalo e que prepara seu primeiro romance], FABRÍCIO CORSALETTI [prestigiado poeta, contista e que este ano estreou como romancista], ISMAEL CANEPPELE [romancista, autor do livro inédito, adaptado para o cinema, Os Famosos e os Duendes da Morte] e MICHELINY VERUNSCK [poeta premiada, que acaba de escrever seu primeiro romance]

16h30 – Livraria da Vila
Escritores se encontram para falar de literatura, jornalismo, academia e novas mídias: IVANA ARRUDA LEITE [socióloga, autora, entre outros, do romance Hotel Novo Mundo] conversa com HELOÍSA BUARQUE DE HOLANDA [professora da UFRJ, editora, escritora e ensaísta], MARCELO COELHO [escritor e jornalista, colunista do jornal Folha de S. Paulo] e NOEMI JAFFE [escritora e crítica literária, doutora em literatura brasileira pela USP)]

19h00 – SESC Pinheiros
Um bate-papo com um dos principais autores contemporâneos portugueses: MARCELO MOUTINHO [escritor carioca, organizador da antologia Dicionário Amoroso da Língua Portuguesa] conversa com JOSÉ LUÍS PEIXOTO [nascido em Lisboa, escreveu, entre outros, o romance Cemitério de Pianos, com o qual é finalista do Prêmio Portugal Telecom 2009]

21h00 –
Centro Cultural b_arco
Uma edição especial da DE MODO GERAL,uma revista de artes, apresentada ao vivo, marcando a abertura da BALADA LITERÁRIA2009, com lançamento de vários livros: PAULO SCOTT [poeta e prosador], ALLAN SIEBER [cartunista], FLU [músico], JOÃO PAULO CUENCA [cronista e romancista], RAMON MELLO [poeta] e RODRIGO PENNA [ator] conversam, numa espécie de talk show, com ALEXANDRE RODRIGUES [jornalista e eescritor], JOCA REINERS TERRON [poeta e prosador, autor, entre outros, de Curva de Rio Sujo], PEDRO AMÉRICO [poeta recifense] e SIDNEY ROCHA [cearense, autor do recém-lançado livro de contos Matriuska]

Participação especial da cantora e compositora pernambucana LULINA.

23h00 – Bar Ó do Borogodó
Roda de samba com o grupo Ó do Borogodó.

DIA 20 DE NOVEMBRO [SEXTA]

11h00 –
Livraria da Vila
Uma conversa com três dos principais romancistas do Brasil, nascidos em diferentes estados, que também têm livros publicados em outros gêneros: CARLOS HERCULANO LOPES [escritor, repórter do jornal O Estado de Minas] conversa com MÁRCIO SOUZA [amazonense, autor, entre outros, de Galvez, Imperador do Acre e Mad Maria], MARIA JOSÉ SILVEIRA [goiania, autora de vários romances, entre eles o Guerra no Coração do Cerrado] e RAIMUNDO CARRERO [pernambucano, escreveu diversos livros premiados, sendo o mais recente Minha Alma É Irmã de Deus]

14h30 – Livraria da Vila
Um bate-papo sobre a poesia e a prosa latino-americana e angolana: FREDERICO BARBOSA [poeta, diretor do Museu da Língua Portuguesa] conversa com CLÁUDIO WILLER [um dos principais poetas brasileiros], JOÃO MELO [poeta, contista e jornalista angolano], LÉO FELIPE CAMPOS [poeta, romancista e editor venezuelano] e RODRIGO GARCIA LOPES [poeta, tradutor, professor de literatura nos Estados Unidos]

16h30 – Livraria da Vila
Um bate-papo com três velhos amigos, sobre a obra de cada um e a ligação de boemia e literatura: XICO SÁ [jornalista e escritor] conversa com MÁRIO PRATA [autor, entre outros, de Diário de um Magro e Os Anjos do Badaró], MATTHEW SHIRTS [jornalista, autor do livro de crônicas Jeitinho Americano] e REINALDO MORAES [autor dos romances Tanto Faz e Pornopopéia, entre outros]

19h00 – SESC Pinheiros
VIVA O POVO BRASILEIRO - uma noite em homenagem ao DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA e aos 50 anos de carreira de JOÃO UBALDO RIBEIRO.
Show com VITOR ARAÚJO [pianista], FABIANA COZZA [cantora] e RUBI [cantor]
Participações especiais de
ALTAIR MARTINS, DOUGLAS ALONSO, MARCELINO FREIRE, NARUNA COSTA e OLÍVIA ARAÚJO.
Também serão homenageados os escritores FERRÉZ e
SÉRGIO VAZ

23h00 – Bar Ó do Borogodó
Roda de samba com o grupo Ó do Borogodó

DIA 21 DE NOVEMBRO [SÁBADO]

11h00 –
Livraria da Vila
Um bate-papo com escritores conhecidos também por seu trabalho em outras áreas: RONALDO BRESSANE [jornalista, poeta e autor, entre outros, de Céu de Lúcifer], conversa com ANTONIO PRATA [cronista, com vários livros publicados, colunista do jornal O Estado de S. Paulo], EDNEY SILVESTRE [apresentador de TV e que acaba de publicar seu primeiro romance, Se Eu Fechar os Olhos Agora] e MICHEL LAUB [jornalista, um dos criadores da revista Bravo, autor de vários romances, entre eles o recente O Gato Diz Adeus]

13h30 – Espaço Plínio Marcos
Jovens poetas, de diferentes cidades brasileiras, fazem uma homenagem ao curitibano
PAULO LEMINSKI, em um sarau na Praça Benedito Calixto comandado pelo poeta baiano RUY MASCARENHAS

14h30 – Biblioteca Alceu Amoroso Lima
Um bate-papo com quatro poetas da nova geração sobre publicação, novas mídias e o que é - e por que - “ser poeta” no mundo de hoje: BINHO [poeta, criador do Sarau do Binho] conversa com ANALU ANDRIGUETTI [autora do livro inédito A Matadora de Orquídeas], HUGO GUIMARÃES [autor do livro Poesia Gay Underground], JESÚS ERNESTO PARRA [poeta venezuelano, autor de Sombras que Cruzan las Paredes] e MARIA REZENDE [poeta carioca, autora, entre outros, de Bendita Palavra]

17h00 – Biblioteca Alceu Amoroso Lima
Um bate-papo com um dos grandes nomes da poesia brasileira: IVAN MARQUES [professor da USP e criador do programa de TV Entrelinhas] conversa com FRANCISCO ALVIM [mineiro, radicado em Brasília, autor, entre outros, de Elefante]

19h00 – Biblioteca Alceu Amoroso Lima
Dois famosos poetas “performáticos” dos anos 70 encontram dois famosos poetas “performáticos” dos anos 90: CHACAL [poeta carioca] e NICOLAS BEHR [poeta mato-grossense radicado em Brasília] conversam com DANI UMPI [poeta, ator e cantor uruguaio] e MICHEL MELAMED [poeta e ator carioca]
Entre uma mesa e outra, haverá intervenções dos coletivos de poesia MUITO BARULHO POR NADA [de Salvador], URROS MASCULINOS [do Recife] e POESIA MALOQUEIRISTA [de São Paulo]
Na ocasião, acontecerá a abertura oficial da exposição de grafite e poesia visual coordenada pela editora DULCINÉIA CATADORA e será lançado o livro No Visgo do Improviso ou A Peleja Virtual Entre Cibercultura e Tradição, de MARIA ALICE AMORIM

21h00 – Mercearia São Pedro
BALADA DE LANÇAMENTO da antologia de contos Tribêbada, com vários autores; do livro Poeticidade, de FREDERICO BARBOSA; e do Diário de Bordo, de LIELI LOURES, esse em parceria com a diretora de arte Raquel Alvarenga e com a artista plástica
Inco Matsui

DIA 22 DE NOVEMBRO [DOMINGO]

11h00 –
Livraria da Vila
O encontro histórico de dois escritores de gerações diferentes, com muitos pontos em comum: SANTIAGO NAZARIAN [autor, entre outros, do recém-publicado romance O Prédio, o Tédio e o Menino Cego] conversa com JOÃO GILBERTO NOLL [um dos nossos mais premiados escritores, autor, entre outros, do romance Acenos e Afagos]

14h30 –
Livraria da Vila
Uma mesa em homenagem a uma das mais importantes escritoras brasileiras, cujo relançamento de sua obra teve início este ano: MANUEL DA COSTA PINTO [crítico literário] e alguns convidados do evento conversam com LYGIA FAGUNDES TELLES [nascida em São Paulo, ganhadora do Prêmio Camões, é autora de clássicos como o romance Ciranda de Pedra e os contos de Antes do Baile Verde]

17h00 –
Centro Cultural b_arco
Gravação ao vivo do programa de TV JOGO DE IDEIAS.
CLAUDINEY FERREIRA [jornalista e coordenador literário do Itaú Cultural] conversa com LIRA NETO [autor da biografia Maysa e da recém-lançada Padre Cícero] e FERNANDO MORAIS [autor de Olga e da biografia O Mago, entre outros livros de sucesso]

20h30 – Centro Cultural b_arco
SHOW DE ENCERRAMENTO com a banda PORCAS BORBOLETAS, além de leituras com convidados. Participação especial de ANDERSON FONSECA, MÁRCIO ANDRÉ e VICTOR PAES, do Rio.

RESSACA LITERÁRIA

Mantendo a tradição, toda BALADA LITERÁRIA termina com a RESSACA LITERÁRIA.
Desta vez, a BALADA encerrará em grande estilo, com dois convidados superespeciais, a saber:

DIA 25 DE NOVEMBRO [QUARTA]
19h30 – Centro Cultural b_arco
MARCELINO FREIRE e os participantes da oficina de criação literária do b_arco conversam com ÍTALO MORICONI, professor da UFRJ e organizador, entre outras, da antologia
Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século

DIA 29 DE NOVEMBRO [DOMINGO]

17h00 – SESC Pinheiros
RODRIGO LACERDA [autor premiado, de livros como Vista do Rio e O Fazedor de Velhos] conversa com JOÃO UBALDO RIBEIRO [que acaba de lançar pela Nova Fronteira o romance O Albatroz Azul]

ESPECIAL:
Oficina Literária com RAIMUNDO CARRERO
SESC Pinheiros
Dia 19 (quinta): das 15h00 às 17h00
Dia 21 (sábado): das 13h30 às 16h30
Vagas limitadas

“CARA DE ESCRITOR”
Exposição de fotografias de EDSON KUMASAKA:
Livraria da Vila e Centro Cultural b_arco

ATENÇÃO:
- Todo o evento tem ENTRADA FRANCA, exceto as rodas de samba no bar Ó do Borogodó e o show do dia 20 de novembro no SESC Pinheiros (em que será cobrado valor simbólico).
- Durante todo o evento será respeitado o limite de lotação das salas.
- Para saber mais sobre os convidados e verificar se houve alguma alteração na programação, acesse:
http://baladaliteraria.zip.net e www.obarco.com.br
- Siga o evento no Twitter:
www.twitter.com/baladaliteraria

terça-feira, 10 de novembro de 2009

"Barbárie, não!"


Já comentei sobre algumas tragédias por aqui, mas não tenho coragem de repercutir “barbáries”.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Imagens da SATYRIANAS 2009

Aqui vão alguns registros que fiz da SATYRIANAS 2009. Foi a maior pauleira – é humanamente impossível ver 30% da programação. Por isso dei prioridade às encenações autorais que rolaram nas tendas “DramaMix” e “Residência” instaladas na Praça Roosevelt por serem menos concorridas que as peças em cartaz no espaço Satyros I e II. Acho que, devido ao feriadão, o evento não contou com o mesmo público do ano passado (que passou dos 30 mil), por isso tava bem menos estressante. Tanto que era fácil descolar uma mesa nalguns dos 4 bares da praça pra bebericar entre uma programação e outra. O chato de sempre é apreciar bons eventos teatrais numa praça tradicional do velho centro da cidade em total abandono.
Alguns destaques: as “Stand Up Tragedys” (leituras poéticas que rolaram na tenda Residência), a peça “O Bebê de Roseroovelt” de Sérgio Roveri, “Freudislândia: Onde Tudo Explica” de Hugo Possolo, e “Amores Líquidos” de Marcelo Medeiros.


Fotos: Zequinha Imagens (clique nas imagens para ampliá-las)




Na praça também rolou Blues da melhor qualidade na bela voz rouca de Fernanda D'Umbra (banda Fábrica de Animais)



Enquanto no restaurante ao lado da praça rolava um prestigiado Pagode
O sino da igreja da Consolação fez belém-blém-blão às 18h


Painel ainda intacto de Di Cavalcanti que restou do incêndio do teatro Cultura Artística.

Cenas bucólicas que registrei no sábado na Praça Roosevelt



A novidade deste ano é o festival circense "Palhaça Geral" que, em sua terceira edição, fez parte do Satyrianas2009 - o evento contou com diversas companhias circenses que levaram montagens tradicionais numa lona de circo montada na Praça Roosevelt.

Marião (o Bortolotto) e sua banda blueseira Saco de Ratos se apresentaram na tenda "Residência", onde também rolou pequenos "Stand up Tragedy" - leituras de poemas feita por diversos convidados do Marião


Fotos do sábado e do domingo: uma penca de gente ocupando a praça e as calçadas


Imensas filas pra ver os espetáculos nas tendas da praça

Muita gente: até as mesinhas que não são de bares estavam ocupadas

Famosidades: Marcelino Freire abraça Alberto Guzik - não pensem que eu estava bancando o paparazzi, viu! Eu estava conversando com Marcelino quando ele avistou Guzik.



Pra mim, o gran-finale das Satyrianas 2009 foi o ver na lona do "Palhaçada Geral" o "São Paulo Fashion Clown", uma sátira-show dos famosos desfiles de moda comandado pelo parlapatão Hugo Possolo, com a participação dos Doutores da Alegria, do ator Luis Miranda, e de outros grupos cômicos.

Fim do espetáculo e fim das Satyrianas - fecham-se as cortinas.

Ufa! Agora é o momento que vou atrás de uma breja gelada.