terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um Musical Silencioso (Imperdível)


Amigos, passo rápido pra deixar a dica imperdível do próximo fim de semana aqui em Sampa. É a peça O NATIMORTO – UM MUSICAL SILENCIOSO de Lourenço Mutarelli, que fará parte da “V” Mostra Cemitério de Automóveis, no CCSP (Centro Cultural São Paulo, o “Vergueiro”, como é mais conhecido). Eu já vi essa montagem quando estava sendo encenada no Espaço Parlapatões, em 2008. Se não me engano, o livro fora adaptado para o teatro por Mario Bortolotto, que também assina a direção. A partir daquelas imagens bizarras estampadas nos maços de cigarros, Mutarelli criou uma insólita história de amor entre um agente musical e uma cantora que não sabe cantar. Trancados em um quarto de hotel, os personagens são confrontados com a própria solidão. Garanto que é um texto imperdível.

E é bom mesmo ver essa montagem porque logo logo esta história estará nas telas de cinema. Dirigido e adaptado por Paulo Machline, o filme terá o próprio Mutarelli (que emagreceu sete quilos em três semanas e se mudou para o set de filmagens que foi construído num estúdio na Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo) no papel do agente musical – a cantora será a belíssima atriz Simone Spoladore. Para quem não se lembra, Mutarelli era o segurança de Selton Mello no filme O Cheiro do Ralo. Ele também teve pequena participação em É Proibido Fumar.
Os ingressos para as peças dessa “V Mostra Cemitério de Automóveis” custam 10 realitos, uma bagatela, preço pra lá popular. Ah, e geralmente, depois das apresentações, o Marião Bortolotto e os outros atores convidam o público para bebericar no boteco em frente ao CCSP.
SERVIÇO:
O NATIMORTO – Um Musical Silencioso. Texto: Lourenço Mutarelli. Direção: Mario Bortolotto. Com Nilton Bicudo, Maria Manoella e Martha Nowill. Dias 17, 18 e 19 de setembro, no Centro Cultural São Paulo - sala Jardel Filho – R$ 10 – Rua Vergueiro, 1000 (ao lado da estação Vergueiro do metrô). A programação completa está aqui http://www.centrocultural.sp.gov.br/programacao_teatro.asp

Vejam as dicas da mostra com a belíssima produtora e atriz Wanessa Rudmer.




sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Uma semana in Rio de Janeiro.

Minhas primeiras idas ao Rio de Janeiro eu ainda era office-boy e ia a trabalho. Eram viagens vapt-vupt (bate-volta), sem tempo sequer para molhar os pés nalguma praia. Depois de grande fui outras vezes, mas esta de agora foi para fazer o circuito turista. E até que foi bacana. Então deixo aqui alguns registros fotográficos dessa viagem.


O belo Teatro Municipal do Rio, que dizem parecer com L'opera de Paris, é 2 anos mais velho que nosso aqui de Sampa (o do Rio é de 1909 e o de SP, 1911). Também em estilo eclético, ou seja: uma mistureba (renacentista, barroco, art nouveau entre outros)

(fotos: Zequinha imagens)

Havia uma concentração lulo-dilmista na frente do teatro.


Visitar a Biblioteca Nacional era o número um na lista de prioridade - só que acabou sendo frustrante, porque o visitante tem pouco acesso às salas importantes, as de restauros e obras raras eram impossíveis (no fundo a gente até compreende essas limitações).


Além da Biblioteca Nacional, outro lugar que estava na lista de prioridades pra conhecer era a Confeitaria Colombo. Um dos melhores retratos da belle époque, um local frequentado por artistas e pela elite carioca desde 1894.


Incrível. Os preços não são de assustar. Para os paulistanos dá pra pedir cochinha ou croquete baratinho.




Outro lugar que muito me emocionou foi o Real Gabinete Português de Leitura. Outra viagem no tempo, só que agora no mundo dos livros. Um belíssimo prédio de estilo "neo-manuelino" de 1887, escondindo na rua Camões, no centro histórico do Rio de Janeiro. Um ambiente pra amante de livro (e fãs do castelo-escola do filme Harry Porter) não achar defeito.


O estilo interno, como na lindíssima clarabóia, também segue o padrão neo-manuelino.

Detalhes das colunas que sustentam os mezaninos.

Os estimulantes e pedagógicos orelhões eróticos do Rio de Janeiro.



Passeio pelos centenários Arcos da Lapa.

No meio da praça dos Arcos havia uma manifestação de médicos residentes.


O lendário Circo Voador ao lado dos Arcos da Lapa.

Fundição Progresso, uma antiga fábrica de fogões e cofres, que fora salva da demolição se transformando em espaço cultural.

Os Arcos vistos do alto de Santa Teresa.
"Menina eu te conheço não sei de onde/ não sei se foi no bonde de Santa Teresa..."

Há recantos em Santa Teresa que me lembram Olinda.
Uma pose "meio" gay no alto de Santa Teresa (com vista pro Pão de Açúcar)
A famosa ecadaria do Selaron em Santa Teresa.

Eu e o chileno Selaron, o criador

Uma pausa para uma merecida breja.
As centenárias palmeiras imperiais do Jardim Botânico.

Abaixo: o ser (Jaborandi) e o nada (eu).
 Um chafariz entre as enormes palmeiras.
Chegando para papear com Otto Lara Resende.
 Dentro do palacete do Parque Lage que serviu de cenário para o filme "Terra em Transe" e para o velório de seu diretor, Glauber Rocha.
Nesta piscina foi rodada a cena final do filme Macunaíma de Joaquim Pedro de Andrade, em 1969.
O Cristo visto do Parque Lage.
Me emocionei ao ver a torre do castelo do Parque Lage tantas vezes usada em filmes dos Trapalhões.
O sol pairando sobre Ipanema beach.
Havia uma bandeira rubro-verde como a da Lusinha nas areias de Ipanema.
Sobre as pedras do Arpoador.
Cabelo ao vento, e pose suspeita.
 Morro Dois Irmãos.
Drummond e eu reparando nalguma bela dona de Copacabana. Transformaram Caymmi num mostro de assustar criançinhas.