sexta-feira, 14 de maio de 2010

VIRADA CULTURAL 2010


Demorei pra falar aqui dessa nova edição da VIRADA CULTURAL 2010 porque achei a programação um tanto chocha. Não ligo em ter ou não grandes nomes, mas acho sem propósito trazerem atrações internacionais para a Virada, sendo que temos muita gente talentosa buscando espaço. Já fiz alguns trabalhos para a secretaria estadual de cultura e percebi o saco que é se inserir nos projetos culturais públicos. Imaginem o poder de quem organiza esses eventos (e o nível de bajulação e assédio que sofrem), ainda mais este ano que a prefeitura aumentou a verba da Virada para 8 mijones. Outro problema é a descaracterização temática de alguns palcos, como o da Vieira de Carvalho (conhecido como Palco Brega) que mistura Arrigo Barnabé, André Abujamra, Supla, com Sidney Magal, Vanusa e Wanderléa; daria caldo se fosse uma “Jam session”, mas...
No palco da Júlio Prestes tem Living Colour, ABBA e encerra com a cantoria de Elomar, Xangai e Geraldo Azevedo: mistura estranha. Um palco bem bacana é o Cásper Libero (na rua Washington Luis) que traz novos talentos como Juliana Kehl, Tulipa Ruiz, Karina Buhr e Mallu Magalhães. A programação da Boulevar São João começa com o bruxo Hermeto Pascoal, passa pelo sensacional The Temptations, e pelos professores Luiz Tatti, Wisnik e Netrovisk. No palco da São João tem Patrulha do Espaço e uma banda que gosto muito, Velhas Virgens, fazendo tributo a Adoniram Barbosa (nos trens da CPTM, vai rolar, em comemoração ao centenário do compositor paulistano, exposição fotográfica com esquetes teatrais originalmente estreladas por Adoniram na era dos rádio no Brasil – no CEU Jaçanã, Maurício Pereira, Maria Alcina e Wandi Doratiotto também homenageiam o compositor ). A programação mais coerente encontro no palco da República, onde se apresentam Paulo Vanzolini, Nelson Sargento, Jair Rodrigues, Elza Soares, Clube do Balanço, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Dicró e o grande Germano Mathias.
No Pateo do Colégio também tem muita música: por lá tocam Tião Carvalho, as cantoras Nô Stopa e Alzira Espindola; além do bluseiro paulitano da ZL, Edvaldo Santana, na companhia de Swami Jr. Outra coisa bem bacana é a descentralização que rola todo ano, levando boa programação às unidades do CEU nas perifas de Sampa. Marcelo Nova (Camisa de Vênus) toca no CEU Aricanduva. O soul man, Carlos Dafé, tá no CEU – Azul da Cor do Mar. Mallu Magalhães se apresenta no CEU Casa Blanca, e muito mais.
Tem teatro no CCBB e no Sesc Santana, filmes no CCSP e nos Cines Arouche, Belas Artes, Don José, Cinemateca, Sesc e Olido. Na Casa das Rosas também tem boa programação: Tetê Espindola, Filó Machado, Babilaques, dança flamenca e saraus. Sem falar da rede Sesc que traz Nuno Mindelis, Blues Etílicos, Antonio Nóbrega, Arnaldo Antunes, Osvaldinho da Cuica, Quinteto em Preto e Branco, Tatá Aeroplano. Uma programação que recomendo é o sarau Virando Poesia do Dia Para Noite – 24 h no ar (via internê, no www.sescsp.org.br/santoamaroemrede), coordenado por Sérgio Vaz e o pelo pessoal da Cooperifa.
O chato é que no domingo, dia 16, também tem a Feira da Pompéia que este ano comemora os cem anos do bairro.
Pra ver a programação completa da Virada Cultural clique aqui.

2 comentários:

Silmara disse...

Que infelicidade não estar em Sampa neste fim de semana. Estava gripada, com um milhão de provas a corrigir. Que inveja d'ocê, Zeca.
Bjs.

kelly disse...

Esse ano teve Mudhoney...uhu!!!
Será que o grunge volta??!
O restante concordo