terça-feira, 30 de junho de 2009

POETAS (POPULARES)

Na terça-feira, dia 23, em Olinda, encontrei o Parque do Carmo todo enfeitado pras comemorações do dia de São João. Palcos para a apresentação de diversos grupos musicais havia pra todo o canto - nem preciso dizer que havia vereadores, secretários de cultura e gentes de governo local se promovendo com o evento. Isso é tão normal, tanto lá como cá. Se alguma manifestação popular, por simples que seja, ainda se mantém, às vezes, é bom fechar os olhos pra esses aproveitadores. E esse era o caso.
Eu que já me acostumei com as movimentadas e pluralistas festas do Boi do Querosene, em Sampa, me embasbaquei por ver in loco grupos de coco, cirandeiros, rabequeiros, emboladores; além de quadrilhas juninas pernambucanas (algumas autênticas e outras modernosas) e mamelungos. Boa parte da cidade desceu as ladeiras pra ir pro parque – e acreditem: até alguns EMOs eu vi por lá.

E no meio de tudo aquilo ainda havia espaço pra literatura, onde encontrei dois cronistas do bom, os poetas CHICÃO e MALUNGO que participavam da QUARTAS LITERÁRIAS (apesar de o evento ter rolado na terça). O que me assombra é que além dos convulsivos Marcelino Freire, Miró, Lirinha e Chico “Sais” (como o povo de lá pronuncia Chico “Science”), Recife tem muito mais armas a sacar. Não precisei nem pedir. Bastou eu ligar a câmera para Malungo e Chicão destilarem seus versos pra minha lente (como vocês podem ver abaixo). Ps: prometo falar mais sobre esses dois poetas.






Outra grande surpresa foi conhecer o poeta e garçom Gilmar no Pátio São Pedro, em Recife (e fica aqui a dica: pra comer e beber baratíssimo no centro da cidade procure o bar BURACO DO SARGENTO no Pátio São Pedro). Na verdade, a surpresa (e a emoção) foi para ambos. Depois de um curto bate-papo fiquei sabendo que Gilmar trabalhou 15 anos na extinta churrascaria TROPEIRO da Waldemar Ferreira, na saída da USP. Ele se emocionou ao saber que eu também era amigo do Alexandre, um conhecido garçom que trabalhou muito tempo no também extinto BARUSP.
Quando voltamos pela terceira vez ao Pátio, pra almoçarmos no Buraco do Sargento, Gilmar lamentou termos chegado tarde. É que pouco antes, ele recitou suas “sextilhas” num palco improvisado na frente do bar. Mas não foi preciso muito argumentar como você podem ver abaixo; bastou apenas ligar a câmera.






6 comentários:

marcos sotter disse...

Que figuras, zeca! Só você mesmo pra flagrar essa gente fantástica.
Parabéns!
Que inveja, zé.
Abraço.

marcos sotter disse...

Zeca, eu já fui muito no Barusp - comi muita manjubinha frita nas tarde de sábado quando eu fazia cursinho da Poli.
Que legal.

Rogério disse...

São poucas as pessoas que valorizam os poetas populares. No Brasil só existem os consagrados, e olhe lá.

Roberto da Rocha Alves (6.º FILHO DOS 7) disse...

QUE EMOCÃO ZECA VER MEU AMIGO GILMASR NOVAMENTE, A ULTIMA VEZ QUE O VI FOI EM 1993 AQUI EM CAJAZEIRAS NA PARAIBA. TRABALHEI NO TROPEIRO CHURRASCARIA E SAIAMOS MUITO EU, O GILMAR, ENTRE OUTROS AMIGOS. SE O VER NOVAMENTE DIGA QUE MANDEI UM CALOROSO ABRAÇO E QUE ESTOU COM MUITA SAUDADE, DIGA QUE E ROBERTO FILHO DO POETA ESPEDITO SOBRINHO. ABRAÇO E FELIZ 2010.

Roberto da Rocha Alves (6.º FILHO DOS 7) disse...

Fomos muito ao bar usp, ao café Paris, na Pizzaria Paraty, ao Espaço 4. Todos ali na Av. waldemar Ferreira no Butanta.

Roberto da Rocha Alves (6.º FILHO DOS 7) disse...

BONS TEMPOS AQUELE!!!!! QUE SAUDADE!!!!