terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Vap-Vup do meu fim de semana"


No sábado passado fui ver o ANTICRISTO de LARS VON TRIER e de cara digo que o filme é um tremendo “psicodrama-macabro” carregado de cenas repugnantes; eu que me imaginava sem suscetibilidades me vi tapando os olhos para não ver alguns trechos fortes do longa. Pelo que li nos jornais, o filme causou polêmica e sofreu cortes em alguns países por causa dessas cenas aflitivas (graças aos deuses do cinema, as cópias que vieram pra gente estão na íntegra, mesmo que elas embrulhem estômagos mais sensíveis).

Lars Von Trier, que para 50% dos críticos é um “gênio” e que para o restante não passa de um “picareta”, neste filme exibiu umas das cenas de sexo mais belas que já vi no cinema (todo rodada em preto & branco e em câmera hiper-lenta, ao som de uma música de Hendel). Ele conta a história de um casal vivido por Charlotte Gainsbourg (filha do mito Sérge Gainsbourg com a atriz Jane Birkin) e Willen Dafoe que se recupera após a morte trágica de seu único filho. E é numa cabana, numa estranha floresta chamada “Éden”, que se dá o tratamento da mãe que ainda agoniza por não aceitar a perda.
Bueno. Pra eu não correr o risco de dar com as línguas nos dentes - contando os detalhes surpreendentes do filme - paro por aqui. Digo apenas que o longa tem cenas de sexo explicito, mitologia medieval e a atuação corajosa de Charlotte Gainsbourg ( pela qual recebeu a Palma de Ouro de melhor atriz em Cannes em 2009) que faz valer a pena ver o filme. Mas cabe aqui uma dica valorosa aos meus amigos homens: não descuide de suas mulheres.

E na sexta-feita fui ao lançamento do romance REI DO CHEIRO de JOÃO SILVÉRIO TREVISAN na Livraria Cultura do Conjunto Nacional na avenida Paulista. O livro conta a saga do paulista Ruan Carlos Coronado que tinha tudo pra ser um loser; sofria de uma sudorese insuportável que levou ao fim o seu casamento, mas que, ironicamente, o fez milionário, trabalhando no ramo dos cosméticos. No Rei do Cheiro, o autor fala da formação da elite brasileira e dos novos-ricos (os emergentes) que construíram suas riquezas durante o período da ditadura militar. Eu ainda não li o livro, mas prometo voltar aqui com mais detalhes.

Agora, o que eu queria falar mesmo é de João Silvério Trevisan e sua relação com seus leitores. Vi muita gente famosa e outras nem tanto esperando pacientemente a sua vez para receber o autógrafo numa longa fila dentro da livraria (putz!, dei de cara com o fantasma do Orestes Quércia – não sei se ele estava ali por causa do lançamento) porque o autor conversava com todos e, simpaticamente, se deixava fotografar levantando-se para as devidas poses carinhosas. E por causa de seu talento como romancista e em troca dessa simpatia, João Silvério, como se pode ver nas fotos abaixo, recebeu muitas flores de seus leitores.

INDICAÇÕES: pra quem se interessar pelo diretor Lars Von Trier eu recomendo o filme "OS IDIOTAS" de 1998 - numa grande casa, algumas pessoas dedicam-se a procurar o idiota que está dentro de cada um, entrando em "paranóia".
De João Silvério Trevisan recomendo a leitura de "DEVASSOS DO PARAÍSO" ou sua obra prima "ANA EM VENEZA", a fictícia história da escrava Ana, pertencente a Julia, mãe de Heinrich e Thomas Mann, que passa férias com a família em Veneza.

(fotos: Zezinho imagens)
























Um comentário:

Marcinha disse...

Vou ver esse filme, zeca. suas dicas são boas.
Beijo grande.