sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Movimentos Rápidos




O Michael Stipe tava animado e o público mais ainda, e eu não tenho a mesma empolgação de outrora pra assistir shows de rock. Achei tudo pauleira demais: tão acelerado que nem meus rápidos movimentos dos olhos captaram a catártica performance do magrelo careca Stipe, que discursou Obamizado, feliz da vida, em vários momentos da noite (com meu inglês fajuto “acho” que ele disse o seguinte: “O futuro dos EUA mudou na semana passada e eu estou animado pra voltar pra casa.” ). Pensando melhor; ainda bem que rolou assim; porque botaram um tal de “Wilson Sideral” pra fazer abertura e o cara tava me dando sono. Em suma: valeu à pena. O R.E.M. é uma das únicas bandas que vieram pra cá nos últimos anos que deu vontade de ver: Nirvana, Creedence, Pink Floyd, U2, Ozzy, e mesmo os Rolling Stones não despertaram em mim essa mesma vontade.

Não era o show do Morrissey (ex-The Smiths) , no entanto, o público tava repleto de marombados cantando em delírio todas as canções com Stipe, até as mais recentes. No palco havia um enorme telão que projetava flashes distorcidos, fora de sintonia; uma mescla de videoclipes, cenas da platéia e slogans favoráveis a Obama. Tudo muito frenético, mas que regulava o clima da noite.

Com toda certeza aquele set-list de mais ou menos 30 canções empolgaria todo mundo dentro do Via Funchal: reconheci as antigonas do disco Document (The One I Love e Its The End Of The World...) do Green (a maravilhosa Orange Crush), do Out of Time (Losing My Religion - esse disco meu irmão surrupiou de mim quando casou), do The Best Of In Time (Bad Day e Imatation Of Live – gosto demais das duas). Fiquei sabendo recentemente que Stipe é padrinho da filha de Kurt Cobain e Courtney Love e foi por isso que a platéia entoou em transe “Everybody hurts".
Bueno. Apesar da “Obamação” (ou Obamania) do show posso dizer que senti um gostinho de anos 80, fato que cai bem pros velhinhos como eu.

6 comentários:

Anônimo disse...

Aguardava ansiosa por este post !

Anônimo disse...

Eu lembro de você tocando Losing My Religion na casa da Alessandra.
Beijos.

marcos sotter disse...

Zé, suas impressões sobre o show do REM estão ótimas, bem pessoais.
Tô acompanhando tudo que você escreve, entro no blog todo dia.
Abraços.

Rodrigo Torres disse...

Zeca, esse Sideral é irmão daquele vocalista xarope do Jota Quest, o Regério Flausino. Os caras fazem muita pose, mas cantar que é bom...

ZECA LEMBAUM disse...

Rodrigão, esse Sideral é mesmo uma forçassão de barra.

Júlia Tavares disse...

Não leve a mal, mas o intervalo entre os anos dos nossos nascimentos está me impedindo de desfrutar seu blog ultimamente.. rsrs.... Deixei no Tutu uma dica de ver Minas em SP. Apareça no Sesc e divulgue para seus amigos!! Beijos!