domingo, 25 de janeiro de 2009

SAMPAX


Foto minha de 2006, quase no mesmo local da av. São João em que Claude-Lévi Strauss, em 1937, também fotografou (ao fundo, o edifício Martinelli).



Em homenagem ao 455º aniversário de Sampa segue um fragmento (curto e grosso) do poema “Ode a Fernando Pessoa” do paulista Roberto Piva.

"...São Paulo, cidade minha, até quando serás o convento do Brasil?
Até teus comunistas são mais puritanos do que padres.
Pardos burocratas de São Paulo vamos fugir para as praias?
Ó cidade das sempiternas mesmices, quando te racharás ao meio?
Quero cuspir no olho do teu Governador e queimar os troncos medrosos da floresta
humana.
Ó Faculdade de Direito, antro de cavalgaduras eloqüentes da masturbação transferida!
Ó mocidade sufocada nas Igrejas, vamos ao ar puro das manhãs de setembro!
Ó maior parque industrial do Brasil, quando limparei minha bunda em ti? (...)"

3 comentários:

marcos sotter disse...

A cidade de São Paulo com seus 455 anos às vezes trata seus filhos como uma velha ordinária.

Anônimo disse...

Zequinha, tô nessa cidade desde que me transferi pra USP em 97, ela tem gente legal e lugares legais. Gosto dela, mas ela mudou o meu ritmo, o tempo pras coisas. Veja só que em Pernambuco eu não precisava de relógio... Maluco,né!!!
Beijo grande.

Unknown disse...

rá! gostei do poema!