Bem, mas eu quero é falar de coisas bem bacanas que presenciei nas últimas semanas. Pro encerramento da Balada Literária, o Marcelino Freire trouxe diretamente de Uberlândia a banda PORCAS BORBOLETAS, cuja energia quase punk, quase teatro, quase literatura, contaminou até os desavisados. Recomendo essa molecada mineira; eles já fizeram até trilha pra cinema (pro filme “Nome Próprio” de Murilo Salles). No recente disco “A Passeio”, a banda contou com a participação de gente graúda como Arrigo Barnabé, Paulo Barnabé, Bocato e Simone Soul.
Na semana passada, durante a segunda edição do Vira Cultura - 24 horas de atividades culturais na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na avenida Paulista - , encontrei um dos ícones do rock brasuca ARNALDO BAPTISTA, ele estava por lá para autografar o DVD do documentário “Loki”, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle, sobre vida do mutante Arnaldo. No mesmo dia, no teatro Eva Hertz da Livraria Cultura, rolou mais um VOCABULÁRIO, encontro lítero-poético-teatral-musical e o escambau arquitetado e muito bem conduzido por Chacal, Marcelino Freire, Marcelo Montenegro e Paulo Scott. O evento está ficando cada vez melhor (eu participei de todas as edições anteriores); dessa vez os convidados foram: Wander Wildner, Martha Nowill, Mário Bortolotto, Ademir Assunção, André Santana. Mais tarde, pouco depois da meia-noite, foi a vez da gente babar pela confraria das sedutoras Marina De La Riva, Karine Carvalho e Nina Becker que acompanhavam os músicos do 3 NAMASSA (pretendo falar sobre esse projeto noutro post).
E por fim, digo que foi um puta barato participar do bate-papo com o escritor brasileiro João Ubaldo Ribeiro, no SESC Pinheiros. É legal saber que o escritor que você mais admira dificilmente planeja um livro; ele diz que quando escreve “as coisas vão surgindo". João Ubaldo declarou que “Viva o Povo Brasileiro”, seu romance mais traduzido para outros idiomas, era pra ser uma simples história que se desenvolvesse em três séculos. Ele revelou que o capítulo inicial de “Sargento Getúlio” foi reescrito 17 vezes; tudo isso porque estava inseguro quanto ao seguimento da história. E pra desmitificar, pra debilitar qualquer conceito supremo do ato criador, João Ubaldo diz que o que mais o estimula é o “contracheque”.
Arnaldo Baptista autografando o clássico Long-play "LOKI" pro Zeca.
Os superbacanas urberlandenses "Porcas Borboletas"
2 comentários:
Ual, Zeca, são tantas coisas a comentar...
Eu vi a Pitty cantando com 3namassa e achei legal pra caramba. E essa coisa do "contra-cheque" do João Ubaldo é fantástico. Esse é um escritor verdadeiro.
Bjs.
João Ubaldo Ribeiro (apesar de seu filho ultra chato) é também o meu escritor favarito.
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