
Caramigos, tô sem aparecer aqui desde fevereiro. O motivo é o de sempre: correndo contra o tempo, sem lenço, atrás de dimdim. Mas vamoquivamo. E já tô voltando com o evento-manifesto dos moradores do MORRO DO QUEROSENE que estão defendendo uma área de quase 40.000 m² de Mata Atlântica no bairro. Neste local há 3 nascentes abandonadas, uma delas jorra água pura e mineral diretamente para o bueiro. Por isso, a comunidade do Morro do Querosene e Butantã vem há 10 anos se mobilizando para preservar este espaço conhecido pelos moradores como “Chácara da Fonte”.
(E sobre o Morro já tratei carinhosamente aqui porque estudei numa das escolas do bairro e de lá eu não saía, já que as festas mais agitadas, os amigos bacanas e as minas mais interessantes desse período moravam no local. http://dicasdozeca.blogspot.com/2008/11/festa-do-boi-do-morro-do-querosene.html )
Segue parte do justo manifesto dos moradores.
“(...) Hoje, a velha Rua da Fonte está interditada por um muro que nos impede de chegar à Fonte. Esta área também guarda uma interessante história: aqui se encontravam vários caminhos que constituíam a lendária trilha indígena do Peabiru, mais tarde utilizada pelos Bandeirantes, Jesuítas e tropeiros. A efervescência cultural do Morro do Querosene deve vir desta época, quando aqueles que utilizavam esses caminhos paravam na Bica e na Fonte para descansar, matar a sede e realizar suas cantorias e danças. Hoje, com tantas atividades culturais e artísticas, não temos no Morro um espaço adequado para nossas manifestações. A Chácara da Fonte tem a vocação de Parque Cultural e Ambiental necessário à nossa cidade. Pensando nisso, na criação do Parque da Fonte e na importância de cuidar do meio ambiente, decidimos participar do Fórum Social de São Paulo realizando uma atividade autogestionada denominada "Manifestação em defesa da Fonte". O evento será realizado dia 10 de abril, das 10h às 22h, e contará com apresentações musicais intercaladas com performances e intervenções poéticas, ambientais e urbanas. Entre os músicos que já confirmaram presença estão: Peixelétrico, Planta&Raiz, Nasi, Dinho Nascimento, Tião Carvalho, Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene, Treme Terra (MC Gaspar Z´África Brasil), Ambulantes, Isca de Polícia, Poesia Maloqueirista, Henrique Menezes (Banda Bom que Dói), Grupo Cupuaçu, Manos Urbanos, Frente 3 de Fevereiro, Emerson Boy, Marquinho Mendonça e Malungo.”
Serviço: Domingo, dia 10 de Abril, a partir das 10h – Evento Gratuito (programação abaixo) Local: Rua da Fonte, s/n°, Jardim Pirajuçara (Morro do Querosene) – Butantã - São Paulo Ruas interditadas: Travessa da Fonte e Rua Padre Justino (nas imediações da Travessa da Fonte que fica a 100 metros da Av. Corifeu de Azevedo Marques). Acesso: pela Av. Corifeu de Azevedo Marques ou pela Rodovia Raposo Tavares, 1ª travessa a direita (Rua Afonso Vaz que vai encontrar a Rua Padre Justino à esquerda). Informações: 3726 8406 / 3726 5550 Realização: Associação Cultural Morro do Querosene, FEMA e Prefeitura de São Paulo Apoio: SVMA-PMSP, CET, SABESP, Ecos do Meio, PEABIRU e O AUTOR NA PRAÇA.
Programação:
10h20 – Orquestra de Berimbaus (palco) roda de capoeira/samba de roda (chão)
11h10 – Samba da Casa (chão)
11h50 – Henrique Menezes e Banda Bom que Doí (palco)
12h20 – Poesia Maloqueirista Intervenção (chão)
12h35 – Malungo (intervenção musical) (palco)
12h50 – Grupo Cupuaçu (chão)
13h30 – Ambulantes (palco)
14h10 – Manos Urbanos (palco)
14h45 – Hugo Paz (intervenção poética) (palco)
15h00 – Emerson Boy (intervenção musical) (palco)
15h15 – Marquinho Mendonça (intervenção musical) (palco)
15h25 – Treme Terra e Gaspar (Z’Africa Brasil) (palco)
16h00 – Poesia Maloqueirista (intervenção) (chão)
16h25 – Isca de Polícia (palco)
17h00 – Grupo de Teatro do Peabiru (intervenção) (chão)
17h25 – Planta e Raiz (palco)
18h05 – Frente 03 de Fevereiro (palco)
18h45 – Tião Carvalho (palco)
19h20 – Poesia Maloqueirista (intervenção) (chão)
19h45 – Dinho Nascimento (palco)
20h25 – Nasi (Palco)
21h05 – Peixe Elétrico (palco)
2 comentários:
Bom regresso, Zeca. Suas dicas são indispensáveis e sua crítica sempre afiada. Beijo grande.
Oh, zeca, as festas do morro são sempre demais.
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