sábado, 14 de junho de 2008

Paris C'est Moi - Parte I




Mes chers amis, ao chegarmos a Paris com surpresa descubro que não existe Lan House ou Cyber-café nessa cidade – problema postar meus comentários in loco, como eu queria (será que os parisienses não tão nem aí pra internê? Será que essa sociedade não necessita do computador pras coisas do cotidiano?, eu, quando o PC de casa dá pau, corro pra uma Lan). Bueno, meus amigos, nossa aventura em Paris começou mesmo em Cumbica ao embarcamos na classe econômica num desses Fokker 100 da Tam – isso eu não desejo nem aos inimigos. Se você entrar nessa mesma roubada terá o desprazer de suportar 11 horas de viagem apertado em poltronas exíguas, sem mover braços (porque terão outros dois passageiros disputando cada cantinho do apoio) e pernas (o banco da frente comprime seus joelhos). Isso sem falar da gororoba que te servem na viagem – um potinho com farelo e pedaços de alface e repolho é o que chamam de salada; e mais outro potinho com alguma massa, frango ou carne também faz parte do menu. (o foda é que se você sentar nas últimas fileiras perderá o direito de escolher – ficará com o que sobrar, fato que aconteceu comigo). Pra não descer tudo a seco você pode usufruir de um refrigerante, ou de um suco ou água. A empresa aérea ainda faz questão de te humilhar, obrigando você entrar no avião passando pela classe executiva (nela, o passageiro é recebido com champanhe, é mole!?).

O hotel é próximo do centro de Belleville (pra quem assistiu As Bicicletas de Belleville o nome não é estranho) e com atraso de quase três horas do vôo chegamos à noite (com o começo do horário de verão parisiense, a cidade ainda está clara as 21horas) . Assim que vemos os primeiros prédios da velha Paris ficamos putos ao lembrar da “modernidade” paulistana que não preservou o nosso centro. Depois do check-in no hotel temos merecido descanso no quarto – no prédio em frente rolavam duas festas em andares diferentes. Som alto e gente nas sacadas bebendo e conversando – em outro andar, um velho anda somente de cueca pelos cômodos de seu apartamento sem se importar com o barulho que vem dos andares de cima.

Paris sem alguma agitação – manifestação - política não é Paris. “Ni Putes, Ni Soumisses” (Nem Putas, Nem submissas), esse era o slogan da passeata de um grupo feminista que vimos logo no primeiro dia. Reivindicava mudanças nas leis que prejudicam as esposas caso o homem comprove a não-virgindade da mesma (entre outras aberrações do mundo masculino, of course). Havia também outra manifestação com alguns ciclistas totalmente pelados reivindicando atenção das autoridades com a segurança no trânsito.

Em volta da estação Parmentier do Metrô (o Metrô parisiense merece um poste inteiro que farei depois), a mais próxima do hotel, é onde rola toda a agitação noturna do bairro. Lá só tem Teen nos bares e nas ruas – parece até que estamos na rua Mourato Coelho. O curioso é que tanto jovens e adultos bebem muito vinho e outros destilados; cerveja é pouco consumida (dá pra comprar cerva do mundo inteiro em Paris pagando muito pouco). Ah! E por falar em Teen descubro que o movimento EMO também tomou conta de Paris – eles, os "emoteens", cultuam a banda BB-Brunes (tem até um clipe legal dos caras chamado Dis-Moi rolando no YouTube).

Cris, com muita simpatia e desenvoltura, agrada o agente da alfândega francesa. Resultado: não rolou problema algum - e ainda recebeu elogios pela pronúncia correta da língua.

A Tout a l’heure, mes ami.

4 comentários:

Anônimo disse...

Meninos,
já com muitas saudades, mas feliz em saber que chegaram bem e que estão curtindo, adorei receber as notícias.
Caras, quando via foto do Zé com a Torre ao fundo... rsrsrsrs, lembrei-me das fotos que uma amiga me mandou do centro de Paris com seus prédios antigos muito bem preservados. Infelizmente fiz a mesma comparação com os prédios do centro de Sampa, que triste!
Aaaaah, quanto ao vinho... huuum nos meus tempos do Ouro Preto, quando recebíamos a visita de alguma ex aluna mais $$$$ fazíamos uma seção nostalgia com 1 ou 2 garrafas de um tal beaujolais (é assim que se escreve?)! Ai que saudades...
Beijos,
Até breve!
Jana

Anônimo disse...

Meninos,
já com muitas saudades, mas feliz em saber que chegaram bem e que estão curtindo, adorei receber as notícias.
Caras, quando via foto do Zé com a Torre ao fundo... rsrsrsrs, lembrei-me das fotos que uma amiga me mandou do centro de Paris com seus prédios antigos muito bem preservados. Infelizmente fiz a mesma comparação com os prédios do centro de Sampa, que triste!
Aaaaah, quanto ao vinho... huuum nos meus tempos do Ouro Preto, quando recebíamos a visita de alguma ex aluna mais $$$$ fazíamos uma seção nostalgia com 1 ou 2 garrafas de um tal beaujolais (é assim que se escreve?)! Ai que saudades...
Beijos,
Até breve!
Jana

ZECA LEMBAUM disse...

Jana, mon amie. É muito triste quando comparamos Paris com o nosso centro de Sampa. Tenho certeza que se tivessemos preservado nosso centro art-nouveau não estaríamos queixosos hoje.

Unknown disse...

Queridos,

Tenho passado por aqui com frequência...
Contente por tudo.

bjs,
Carol