quarta-feira, 18 de junho de 2008

"A Praça [e o bar] é do Povo"




É meio assim: mesas, cadeiras ocupando parte significativa das calçadas, às vezes o próprio bar é estendido pela calçada – isso em lugares de movimento maluco de pedestre; até em filmes antigos de Bresson, Chabrol, Godard, Malle, Truffaut, Resnais se vê os bares invadindo ruas e places. E o parisiense fielmente frequenta seu bar (café ou bistrô) sem se importar com o vai-e-vem de turista que lota sua cidade, tapando sua paisagem. De segunda a segunda, toda manhã e final de tarde tem gente nas mesinhas; pensamos até que fossem turistas despreocupados, mas não. É mesmo o nativo.

Não só a praça é do povo como o bar também. E o parisiense ocupa mesmo seus espaços. Basta saírem os primeiros raios de sol no fim de inverno pra vermos o Sena, os bares, os imensos jardins ocupados - eles fazem piquenique até de noite. Tenho a impressão que eles têm por barato curtir sua cidade. As pessoas não vão aos bares pra se esconder, aliás, os bares parecem que não têm porta; não há Pubs fechados como os londrinos. Acho que é por isso que não encontrei Lan House ou Cyber-café (não se vê pessoa com Notebook pelos bares e cafés como é comum em Sampa) – talvez, Internet pro parisiense seja coisa pro espaço privado.

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